Pesquisas comprovam que o aprendizado não se resume apenas a estudos de palestras, livros, workshops ou artigos. Muito ensinamentos são passados no cotidiano por meio de conversas, experiências, produções midiáticas, e filmes. De acordo com especialistas, ao ouvir ou ver histórias, partes do cérebro humano são ativados de modo a parecer que aquilo é real e está de fato acontecendo. Segundo estudos, o ser humano chega a lembrar de 80% do que viram ou fizeram, e apenas 20% daquilo que leram. Desta forma, a comunicação visual exerce um papel crucial para o processo de aprendizagem. No mercado cinematográfico, diversas obras produzem conteúdos de aprendizado sobre o mercado comercial. Com o olhar mais aguçado e o desejo de saber, o telespectador consegue tirar proveito de experiências cinematográficas e adaptá-las para o dia a dia dos negócios. Um dos grandes sucessos e exemplos do cinema mundial de 2014 foi o filme “O lobo de Wall Street”. Dirigido por Martin Scorsese e estrelado por Leonardo DiCaprio, o longa é uma adaptação da autobiografia best-seller, com o mesmo nome, de Jordan Belford. Em 2014 o longa metragem rendeu ao ator protagonista, Leonardo DiCaprio, o prêmio de melhor ator no Globo de Ouro, além de 5 indicações ao Oscar, incluindo melhor roteiro adaptado, melhor filme, melhor diretor, ator coadjuvante a Jonah Hill e ator para Leonardo DiCaprio. A obra retrata a história de ascensão profissional de Jordan Belfort, corretor de ações que, aos 26 anos, já ganhava 49 milhões de dólares por ano. Com o título de referência ao apelido que Belfort ganhou em seus anos de ouro a frente da empresa Stratton Oakmont, o filme é um sucesso aclamado pelas críticas e premiações. Apesar de ter sido alvo de críticas por alguns especialistas do ramo por ter um conteúdo polêmico, a produção destaca ensinamento de uma cultura de venda muito forte e eficiente. Através do olhar apurado, é possível absorver aprendizados cruciais para a ascensão no mercado de vendas. O artigo busca contextualizar o leitor sobre a história de um dos mais famosos corretores de ações do mundo e apurar dicas relevantes para negócios do mercado consumidor. Abaixo, seguem os principais assuntos que serão apresentados. o Dia a dia da área de vendas o Contextualização do “Lobo de Wall Street” o Dicas para vender como o “Lobo de Wall Street”

Dia a dia da área de vendas

Com o mundo cada vez mais globalizado e conectado, novas possibilidades e soluções são constantemente criadas para suprir demandas do mercado consumidor. Deste modo, a possibilidade de contato do consumidor com os mais variados negócios de consumo pelo mundo se torna cada vez mais eficaz, aumentando ainda mais o cenário competitivo e de sobrevivência do mercado. Para se adequar às demandas e sobreviver no negócio de vendas, o bom empresário ou varejista precisa se impor e descobrir diferenciais que chamem a atenção e adesão do público à sua ideia. Desta forma, cria-se ferramentas que otimizam a experiência de venda, seja para o vendedor ou para o consumidor. Um dos maiores desafios no dia a dia da área de vendas é a inconstância de lucros, sendo importante lidar com os altos e baixos do mercado. Pensando nisso, vendedores criam rotinas de disciplina, para a melhor administração de riscos. Embora o filme em questão, “O Lobo de Wall Street”, conte a história do mercado de vendas no início dos anos 1990, época sem a forte presença da internet no cotidiano das pessoas e nas empresas, os ensinamentos e técnicas, se adaptados à nova realidade da geração, podem gerar eficácia no meio comercial.

Contextualização do Lobo de Wall Street

O filme “O Lobo de Wall Street” é um longa-metragem dirigido por Martin Scorsese e estrelado pelo renomado ator hollywoodiano Leonardo DiCaprio. O filme foi lançado em 25 de dezembro de 2013 nos Estados Unidos, e alcançou a marca de mais de U$300 milhões arrecadados em bilheterias ao redor do mundo, sendo o filme de maior sucesso de bilheteria do diretor Martin Scorsese. O filme conta a história de vida do influente corretor de ações, Jordan Belfort, um jovem corretor da bolsa de valores que marcou o mundo dos negócios com sua ascensão profissional e envolvimentos em crime de colarinho branco. Jordan Belfort era um jovem nova iorquino em busca da concretização de seu sonho de sucesso, que trabalhava em uma empresa cotada em bolsa. Mas com o “crash” da “segunda-feira negra”, em 1987, acaba perdendo o emprego e entrando para o limbo profissional dos negócios. Através do apoio e incentivo de sua primeira esposa, Teresa Petrillo, Jordan voltou ao mercado, em uma pequena agência. Tempos depois, Jordan e seu amigo vendedor, Donnie Azoff, decidem abrir sua própria empresa, cujo nome era Stratton Oakmont. Pouco tempo depois, a Stratton Oakmnot já havia se tornado uma empresa de bilhões de dólares. O carismático e persuasivo corretor conquista a ascensão de sua empresa por meio de esquemas legais ou não, alimentados por uma espiral de poder, ganância, sexo, drogas, corrupção, dinheiro e excessos. Insaciável, o conhecido lobo de Wall Street nunca se vê satisfeito mesmo com seus milhões acumulados de negócios, o que acaba atraindo a atenção de autoridades. Em 1998, autoridades alcançaram as atividades ilegais de Jordan e fecharam a empresa Stratton Oakmont. Jordan Belfort foi acusado pelos crimes de lavagem de dinheiro e fraude de valores imobiliários, e condenado a três anos de prisão em uma instalação de segurança mínima, na cidade de Nevada nos Estados Unidos. Com esquemas de motivação e treinamento, Jordan Belfort transformou uma equipe inicialmente inexperiente, em um polo de vendas de ações eficaz.

Dicas para vender como o Lobo De Wall Street

O filme “Lobo de Wall Street” é baseado no livro de mesmo nome, que conta a história de Jordan Belford que, aos 22 anos ingressou no coração do distrito financeiro, o Wall Street em Manhattan. Belford montou sua própria corretora de seguros em uma loja de carros abandonada e, aos 26 anos, conseguiu levantar mais de U$49 milhões. Na obra, o líder revela uma paixão e entusiasmo que motivam toda a equipe. Jordan Belfort cria um ambiente de busca por resultados em seu negócio e equipe. Na obra, fica clara a fundamental função de identificação de um bom líder na gerência da empresa. O filme mostra o uso de artifícios antiéticos e imorais na escalada de Belford ao sucesso financeiro, mas também contextualiza o cenário comercial regado a ensinamentos e técnicas de vendas que podem ser usufruídas e aplicadas em empresas.

1-    Criação de necessidade

Ao assistir ao filme, fica muito claro a preocupação de Jordan Belford em fazer várias perguntas aos clientes. Segundo Jordan, muitas vezes o cliente não está interessado em consumir um produto ou serviço, mas através de uma enxurrada de perguntas, é possível criar uma necessidade de consumo ao cliente. Então, não foque no produto final, mas sim no resultado que a ação trará para o consumidor.

2-    Motivação

No filme, Jordan motiva a equipe de forma nada convencional, com festas, shows, promoção de competições. Fica bastante claro que não adianta apenas o dono desejar aumentar as vendas e o sucesso da empresa, mas a equipe também deve almejar os mesmos objetivos. Então, Belford motiva seus funcionários ao crescimento.

3-    Treinamento

Na fundação de seu negócio, Jordan não tinha capital suficiente para contratar pessoas com experiência. Com isso, ele contratou funcionários sem experiência e os transformou. Com o dom da oratória, Belford proporcionou um script de vendas e treinou sua equipe e funcionários para o bom atendimento.

4-    Confiança

Fica claro para quem assiste a obra a importância do estabelecimento de confiança com os clientes para a ascensão do negócio de Jordan. Segundo o filme, grande parte dos resultados obtidos por Jordan Belford foram através da venda de ações de baixo preço e alto risco de empresas desconhecidas. A proeza da venda, à primeira vista sem sentido, se deu pelo desenvolvimento da confiança dos clientes. De início, clientes não queriam arriscar ações de baixo custo, logo, Jordan passou a vender ações de empresas grandes para o processo de criação da confiança de clientes. Após a conquista, passou a vender as ações de início indesejadas e arriscadas. Através desta confiança, o varejista produz apoio e possibilidade de otimização de vendas no mercado.

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